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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Origem da Cidade de Lagos

 


História de Lagos

«Fundou-a El Rei Brigo, impondo-lhe o nome de Lacóbriga, que significa lago, 1897 anos antes de Cristo; outros dizem que tomou o nome de uns lagos que antigamente aqui havia, o que é mais o provável.»

Padre Carvalho da Costa


Lacóbriga – Zawaia – Lagos

Mudam-se os tempos...

A origem de Lagos aparece associada aos pequenos cursos de água, com nascentes no Espinhaço de Cão, que aqui formavam lagoas delimitadas por dunas de areia. Eram ancoradouros ricos em pescado e em bivalves. Depressa se tornou num local de agrado a vários povos que a tornaram num importante entreposto comercial.

Por aqui passaram fenícios, gregos e cartagineses. Por ela lutaram romanos, mouros e portugueses. Lacóbriga é a denominação romana do povoado. Posteriormente, os árabes chamam-lhe Zawiya (Zawaia). Em 1249 é definitivamente integrada em território português por de D. Afonso III.

No entanto é a civilização árabe a que mais influenciou a vivência dos povos vindouros. Ainda hoje são visíveis os traços linguísticos, culturais e arquitetónicos legados.


Lagos, Cidade das Descobertas

Os Descobrimentos começaram aqui...

Daqui o Infante D. Henrique fez partir Caravelas em demanda de novos mundos. Aqui se viu nascer Gil Eanes, o herói do Bojador. Aqui chegaram as primeiras riquezas de África. Ouro, prata, marfim... Eram tempos de fausto e glória.

Em 1573, Lagos é elevada a cidade, por ordem de El Rei D. Sebastião e torna-se na sede do Bispado e na Capital de todo o Reino do Algarve.

Mas os anos dourados chegam subitamente ao fim. O terramoto de 1755 destrói implacavelmente a cidade e os anos que se seguiram foram marcados pela miséria e decadência. Lentamente foi-se recompondo e apoiada no seu bem mais precioso – o mar – foi emergindo das ruínas.

Hoje Lagos é uma das cidades algarvias mais procuradas pelas suas praias de areia dourada e águas cristalinas, pela beleza paisagística da sua baía e pelo seu legado arquitetónico.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Portimão - Praia da Rocha


 

As Escolas e o Ensino em Vila do Bispo – um percurso pelo Passado e pelo Presente

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Vila do Bispo - 14 de setembro de 1460: as razões de uma Vila e as Últimas Vontades do Infante D. Henrique

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Vila do Bispo - História

Com uma presença humana comprovada nos tempos mais recuados da Pré-História, este território, cercado pelo grande oceano em três frentes, tornou-se Concelho próprio a 26 de agosto de 1662, quando, no dia 26 de agosto, o Rei D. Afonso VI (1643-1683), O Vitorioso, concedeu, por graça, a antiga Aldeia do Bispo a um importante membro da nobreza portuguesa: Martim Afonso de Melo, 2.º Conde de São Lourenço e destacada figura do movimento da Restauração da Independência Portuguesa (1640). Ao casar com uma descendente do antigo Bispo de Silves, D. Fernando Coutinho (†1538), a quem fora atribuída por parte do Rei D. Manuel I (1469-1521) a antiga Aldeia de Santa Maria do Cabo, em 1515, de nome D. Madalena da Silva, o 2.º Conde de São Lourenço desejou solicitou ao Rei D. Afonso VI, em virtudes dos seus feitos militares e cargos governativos que ocupara, a Aldeia do Bispo. Apesar dos protestos das autoridades de Lagos, o Soberano atribuiu a localidade ao fidalgo, com a condição de que a mesma fosse elevada a Vila com autonomia própria, o que, de facto, aconteceu.

Quanto às localidades que formam o Concelho, temos indicações da existência das aldeias de Budens no ano de 1323, Figueira e Raposeira em 1374. Quanto a Vale de Boi existem referências no ano de 1573 e a Burgau em 1600. No século XVI terá possivelmente surgido Barão de São Miguel. Já no Século XVIII, temos referências à povoação das Hortas do Tabual e Pedralva (apesar de muito provavelmente as suas origens poderem ser anteriores) e em período incerto, talvez, do último quartel do século XIX e inícios do XX, a Salema.  

Local de capital importância na História deste território e do nosso País é a Vila de Sagres, com as suas origens na(s) construção(ões)  que o Príncipe D. Henrique (1394-1460), homem que ficou conhecido na nossa História pelas importantes navegações marítimas que projetaram Portugal pelos mares do Mundo (e que aqui morreu) mandou construir na Ponta de Sagres, em meados do século XV, e que viriam dar origem a uma notável Praça de Guerra, cujo último perfil foi concluído em 1793. Este antigo local de apoio e proteção à navegação que demandava estas paragens e de guarnição militar foi Concelho até meados do século XIX. Na década de 60 do século XX o fenómeno do Turismo aumentou-lhe, ainda, mais uma projeção e um protagonismo que nunca deixou de ter por todas as caraterísticas especiais que a destacam.

Vila do Bispo - "A voz do mar"

Vila do Bispo

Geograficamente situado no extremo sudoeste do Continente Europeu, no barlavento algarvio, o Concelho de Vila do Bispo define-se sobre uma plataforma geológica formada pelo grande Cabo de São Vicente/Sagres, emergindo como uma ‘proa’ de rocha que separa dois mares: a sul uma costa temperada, de influência mediterrânica, a ocidente imponentes falésias batidas pelo Atlântico, no interior coloridos planaltos, férteis vales e o termo ambiental e cultural do Barrocal Algarvio – uma rara combinação de dinâmicos elementos paisagísticos, um privilegiado palco sobre o qual se organizam exclusivas ocorrências naturais e culturais.

Ocupando uma área de 179,06 km2, um triângulo subdividido em 4 Freguesias (Vila do Bispo e Raposeira, Sagres, Budens e Barão de São Miguel), os seus 5.258 habitantes, gentes da terra e do mar, ocupam um território periférico e de baixa densidade com apenas 11 aglomerados populacionais: Vila do Bispo, a sede do Concelho, a Vila de Sagres e as aldeias de Budens, da Pedralva, da Raposeira, de Hortas do Tabual, da Figueira, da Salema, de Vale de Boi, de Burgau e de Barão de São Miguel. A norte faz fronteira com o concelho de Aljezur, a nascente demarca-se do Concelho de Lagos.

95% deste território encontra-se enquadrado em áreas protegidas, designadamente pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Constituindo o Turismo, na atualidade, o grande motor da economia local, a oferta turística disponível neste território é bastante diferenciada relativamente ao todo da região algarvia. Além do clássico trinómio “Sol, Mar e Praia”, o Concelho de Vila do Bispo propicia, sobretudo, a fruição de produtos de Turismo de Natureza e Cultura. A estratégica sustentabilidade da exploração turística torna-se assim essencial para a manutenção e valorização dos seus diferenciados e não renováveis recursos locais. O próprio turista que procura a região de Sagres é diferente do típico padrão do ‘turista algarvio’. Por aqui são mais os viajantes que os turistas, pessoas tendencialmente mais sensíveis, informadas, exigentes e apreciadoras dos genuínos valores dos destinos que visitam.

Revalorizadas pela ação da “indústria turística”, atividades tidas como “tradicionais”, tais como a Pesca, o Marisqueio, a Agricultura e o Pastoreio, continuam a assumir um papel fundamental na empregabilidade e na subsistência de inúmeras famílias locais. 

Os efeitos dos habituais e massivos fluxos da sazonalidade turística algarvia, cujos picos preferenciais se manifestam apenas nos meses de verão, não se reproduzem em Vila do Bispo. De facto, a combinação de propícios fatores como um clima favorável, condicionantes de ordenamento territorial e de gestão ambiental e o estratégico desenvolvimento e a promoção de produtos que, de forma sustentável, exploram diferenciados recursos naturais e culturais, traduz-se num ‘Algarve autêntico’, num alternativo e excecional destino, pleno de singularidades exploráveis ao longo de um período de atividade turística balizado entre março e novembro, com uma “época alta” diluída de maio a setembro.