O projeto "Corpo do Corpo", da AORCA, venceu o “Convite à criação artística 2026” da Rede AZul, composta por 13 municípios do Algarve, propondo ser “a primeira criação” de um projeto maior dirigido aos jovens.
“De um total de 15 candidaturas, todas de estruturas sediadas no Algarve, o júri votou e selecionou o projeto 'Corpo do Corpo', da AORCA [Associação de Observação, Regeneração e Criação na Atualidade] para estar em criação e circulação durante o ano de 2026”, anunciou hoje em comunicado a AZul (Rede de Teatros do Algarve).
O valor atribuído ao projeto vencedor é de 50.000 euros e o espetáculo irá circular na rede de 13 equipamentos da AZul (13 concelhos) durante o ano de 2026.
Com direção artística de Sara Martins, criadora, bailarina e coreógrafa, "Corpo do Corpo" é uma “criação original de dança e música que propõe uma reflexão crítica sobre o corpo e o tempo, estabelecendo pontes entre práticas artísticas atuais e o património imaterial associado aos ofícios tradicionais da região”, segundo o comunicado.
“Nesta primeira criação esperamos integrar 13 jovens, entre 16 e 25 anos, se possível um de cada concelho da rede Azul”, explicou Sara Martins à agência Lusa.
Segundo Sara Martins, o projeto "Corpo a Corpo" é a “primeira criação de uma maior” que se irá chamar AL-CIA JUVENIL – Companhia Juvenil de Dança Contemporânea, um projeto “emergente direcionado para jovens intérpretes, com o intuito de aliar a criação artística à formação e circulação profissional“ de jovens.
De acordo com a Rede Azul, para esta primeira criação, a AL-CIA propõe um espetáculo que procura “articular os saberes ancestrais da cultura tradicional algarvia com práticas artísticas contemporâneas”.
“A par da criação, este projeto envolve uma forte componente formativa, mediante a realização de oficinas gratuitas e laboratórios de formação avançada, com formadores nacionais e internacionais”, acrescenta o comunicado.
Sara Martins adianta que “o espetáculo será de dança e música”, mas confessa que ainda não sabe se será mais focado numa ou noutra.
“Para a AORCA isto significa o reconhecimento do seu trabalho e terá o potencial transformador para os jovens profissionais que, muitas vezes, saem do Algarve. É uma forma de os reter na região”, disse Sara Martins.
A Rede AZul é uma estrutura informal dos equipamentos culturais do Algarve e visa, entre outros objetivos, a criação, circulação e promoção da oferta cultural da região ao nível das artes performativas.
Fazem parte da Rede os municípios de Albufeira, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
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