O Castelo de Alvor, também denominado como Castelo de Albur ou Forte de Alvor, localiza-se na vila e freguesia de Alvor, Concelho de Portimão, Distrito de Faro, em Portugal.
Em posição dominante sobre uma elevação, fronteiro ao oceano Atlântico, é considerado um expressivo monumento militar no Algarve, tendo a sua história associada ao do vizinho Castelo de Silves.
A recente pesquisa arqueológica evidenciou que a primitiva ocupação humana deste local é muito antiga, aqui tendo se localizado Ipses, um importante centro comercial pré-romano fortificado, que manteve a sua atividade durante a ocupação Romana e após. À época da ocupação Muçulmana, o sistema defensivo deste povoado se adensou, embora não esteja ainda totalmente compreendido pelos estudiosos: a defesa proporcionada pelo castelo Mouro era reforçada por redutos complementares, entre este e o mar.
No contexto da campanha da conquista de Silves, Sancho I de Portugal (1185-1211), tentou a tomada de Alvor desde 1187. Mais tarde, com o reforço de uma armada de Cruzados oriundos da Dinamarca e da Frísia, assaltaram e conquistaram o Castelo de Alvor (1189), antecipando o cerco e tomada do Castelo de Silves, na dependência de quem se inscrevem. A posição de Silves foi mantida pelos cristãos até 1191.
Embora tenha se mantido como uma das principais povoações do Algarve, devido à excelência de sua enseada, aqui tendo falecido o rei D. João II (1481-1495), não foram localizadas informações acerca da evolução da arquitectura militar da vila e seu castelo.
À época da Dinastia Filipina, na passagem do século XVI para o XVII, no contexto dos conflitos entre a Espanha e as potências do Norte, as fortificações marítimas algarvias foram modernizadas e reforçadas. Sobre Alvor, Alexandre Massai, engenheiro-militar napolitano a serviço da Espanha, referiu a sua defesa como um fortezinho pequeno, quadrado (Descripção do Reino do Algarve..., 1621), ineficaz diante da capacidade da artilharia da época. Esse motivo contribuiu para o abandono da estrutura, em favor de novas fortificações, concentradoras de forças em pontos-chaves do litoral sul de Portugal.
Diante da perda de sua função defensiva, o castelo foi progressivamente sendo envolvido pelo crescimento da povoação ao longo dos séculos, vindo a cair em ruínas. Em fins do século XX, o castelo foi considerado como Imóvel de Interesse Público, por Decreto de 25 de Junho de 1984, tendo sido transformado em um jardim infantil, em comemoração à conquista cristã da vila.
O castelo apresenta planta quadrangular, com as suas muralhas, à moda islâmica, erguidas com blocos de pedra irregulares dispostos horizontalmente, elevando-se a mais de cinco metros de altura em diversos trechos. A existência de um adarve é deduzida pela existência de uma escada adossada ao setor sul da muralha, embora o estado atual do monumento não permita afirmar se os muros eram ameados.
A porta principal de acesso, em cotovelo, é o último elemento original remanescente, acreditando-se que tenha sido originalmente defendida por uma torre albarrã. A leste, observam-se os restos de uma torre que, conforme a sua altura, teria permitido a observação do movimento na enseada. Acredita-se que o atual Castelo de Alvor corresponda apenas à primitiva alcáçova islâmica. A vila também deve ter sido originalmente cercada por uma cintura de muralhas, que não chegou até aos nossos dias.
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