De olhos postos no mar...
«Ela expunha-se à beira-mar, formosa e não segura, como um fruto tentador à mercê de quem passa.»
Prof. José Hermano Saraiva
Fechada nas suas muralhas, Lagos é um dos abrigos mais acolhedores da costa portuguesa. As muralhas (monumento nacional), edificadas nos reinados de D. Manuel I, D. João II e D. Filipe I, envolviam completamente a cidade para a defender da pirataria e das frotas hostis.
As suas ruas estreitas denunciam um passado feito de mistério e de descobrimentos ornados a ouro e a marfim. Quase todas conduzem a agradáveis praças e jardins, algumas com esplanadas que permitem usufruir da mística atmosfera que envolve a cidade.
A brancura do casario não passa despercebida. Revela a busca constante por ambientes mais frescos. As casas algarvias, em muito influenciadas pelas técnicas trazidas de África, apresentam vulgarmente barras coloridas que emolduram portas e janelas. As chaminés, de configurações e cores variadas, foram uma das mais populares formas de artesanato. As suas formas, ora revelam influências árabes, assumindo a forma de minaretes, ora religiosas, lembrando campanários de igrejas.
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