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domingo, 17 de dezembro de 2023

A lenda do sino da igreja de São Pedro

Há uns cem anos, ou mais, todas as noites, à meia-noite, ouvia-se tocar um sino da igreja de S. Pedro, como se fosse para a missa.

Toda a gente se encolhia com medo, resguardava-se nas suas casas, e não havia quem quisesse passar a tal hora pelas imediações da igreja.

O Prior de então, homem animoso e destemido e incomodado com o assunto, chalaceava com a história. Por fás e nefas, resolveu uma noite ir ver de que se tratava. Coragem, não lhe faltava.

Chegou ao largo de São Pedro e deparou com a porta da igreja aberta e a igreja iluminada.

- "Aqui há coisa!..." - pensou

E entrou, com todo o cuidado na igreja.

Junto ao altar, lá ao fundo, estava um padre paramentado.

Avançou pela nave central até junto dele.

E, então assustado, o corpo tremendo, ouviu estas palavras:

- Obrigado por ter vindo. Há muitos anos que eu aqui venho todas as noites para celebrar missa, de que recebi a esmola e não cheguei a celebrá-la em vida. Mas, fui condenado a não poder celebrá-la sem que aparecesse acólito. Agradeço-lhe que me ajude e aviso-o de que deve sair antes da bênção. Não esqueça, Reverendo! Saia antes da bênção!

O pároco ficou próximo do altar, acolitando aquela alma que rezava a missa.

A missa celebrou-se.

Pode-se calcular como o prior ajudaria àquela missa, apesar de todo o seu sangue frio.

Quando se aproximou a bênção, dirigiu-se pressuroso para a porta e, apenas a tinha transposto, ela fechou-se brutal e sonora, e a luz apagou-se repentinamente no interior do templo.

De seguida, já se encontrava fora da igreja de São Pedro, o bom do pároco, vidrado de medo, ainda ouviu um estrondo medonho, como de trovoada se tratasse.

E... nunca mais se ouviu tocar o sino à meia-noite.

A não ser quando algum vivo o toca!...

Esse sino pequeno, do lado externo da torre tem esculpida uma imagem de santo com uma criança pela mão (talvez S. José) e do outro lado uma cruz. Também se lê nele uma inscrição:

"SANTOS, JOSÉ, ME FEZ, NO ANNO DE 1767"

A lenda do aqueduto de Faro

Reza a lenda que dois mouros, um de Estoi outro de Alface, entraram em disputa pela mão da filha do Rei de Santa Maria Ibn Harun (Faro). Contavam os antigos que a princesa era de uma beleza inigualável, que resplandecia luz, iluminando tudo à sua volta. Dizia-se ainda que o que o que ela tinha de mais lindo eram os seus longos cabelos negros que, quando soltos, arrastavam pelo chão. Os cabelos eram de um negro tão profundo e tão intenso que uma noite sem luar parecia dia, quando comparada com eles. 

Os dois mouros compareceram diante do rei e pediram a mão da princesa em casamento. Este que era um homem sábio e sabia tirar proveito de todas as situações, não queria ter de escolher entre dois dos seus súbditos, sobretudo sem ganhar nada com isso. Então dirigiu-se aos homens dizendo:

- A princesa é a minha única e estimada filha, não posso dar a sua mão de ânimo leve e tenho de saber que a tratam bem. Assim, casará com a princesa aquele que construir uma torre que se possa avistar da minha cidade e de onde a minha filha possa iluminar todo o seu reino, ou o que trouxer água em abundância e permanência onde a minha filha possa lavar os seus belos cabelos negros.

Os mouros depois de ouvirem a tarefa que tinham de fazer agradeceram ao rei e saíram.Na manhã seguinte o rei é informado que existe uma enorme cobra de água que jorra às portas da muralha. O monarca e os seus cavaleiros saem para descobrir a sua origem e seguem o aqueduto até à fonte de Alface, onde encontram o mouro de Alface à sua espera.

- Caro rei, aí tendes a vossa água, mostrei-me digno da tarefa. Lamento contudo que vendesses a vossa filha por um jorro de água para o vosso povo.

O rei envergonhado pelo mouro ser tão perspicaz e entender as suas reais intenções, para além de lhe dar a mão da filha em casamento tornou-o seu conselheiro oficial.

A lenda da serpente do rio seco

Segundo uma outra lenda, na  zona do Rio Seco terá existido um palácio onde vivia uma linda princesa moura. Tão bonita era a princesa que, quando se assomava à janela, até os pássaros cantavam e o próprio sol  parecia resplandecer com maior intensidade. Certo dia, um cavaleiro cristão acampou ali bem perto e, ao vê-la na sua varanda, logo se apaixonou.  A princesa reconheceu o cavaleiro, pois um dia sonhara que ele viria salvá-la da sua solidão. Um belo dia decidiram partir juntos e viajar por outras terras mas, assim que a bela moura saiu do palácio, Alá imediatamente a encantou, transformando-a numa serpente, que ficou aprisionada para sempre num poço sem fundo. Reza a lenda que, desde então, em noites de luar, é possível escutar a serpente, com voz de mulher, chorando por desgosto de amor.

A lenda da moura na nora do rio seco

Numa agradável noite de primavera, poucos dias depois da tomada do castelo de Faro, passava um soldado cristão muito próximo do Rio Seco, quando ouviu duas vozes tristes. Parou e pôs-se à escuta, percebendo rapidamente que se tratava de uma conversa entre um velho mouro e uma jovem moura. O homem, angustiado, dizia:

 - Lamento minha filha, mas vais ter de ficar aqui encantada.

 - E será por muito tempo, meu pai? Perguntou a rapariga.

   - Até que esta nora, dentro da qual mandei construir o teu palácio, seja esgotada a baldes, sucessivamente e sem intervalos. E ao mesmo tempo que proferiu estas palavras, fez uns sinais e levantou os olhos para a lua. Resignada, a jovem moura não disse uma única palavra e deixou-se lançar para o fundo da nora. Feito isto, o velho mouro desapareceu subitamente.

    No dia seguinte, o soldado cristão voltou àquele lugar e viu a nora. Procurou então saber a quem pertencia o engenho mourisco e comprou-o. De seguida, pegou num grande balde e começou a retirar água da nora. Trabalhou um dia inteiro sem interrupção e, quando finalmente conseguiu ver o fundo da nora já praticamente seca, desceu através de uma corda. Mal chegou ao fundo apareceu-lhe uma grande serpente que saiu de um buraco que comunicava para a nora. Assustado com o bicho, voltou a subir pela corda e saltou para fora da nora. Nunca mais ali voltou, mas soube, alguns dias depois, que a nora estava completamente entupida, porque as suas paredes tinham caído. Ora contam os antigos que, nesse mesmo sitio, durante muitos anos continuou a aparecer uma moura encantada.

A lenda do mouro encantado no rio seco

O Rio Seco é uma ribeira que nasce na zona de São Brás de Alportel e desce, passando por por Estoi e Conceição de Faro, até desaguar na Ria Formosa a Este de Faro. A nascente da zona de Santo António do Alto, existia um campo por onde passava o Rio Seco. Era ai que todos os dias se dirigia uma jovem lavadeira de Faro. Numa bela manhã, enquanto lavava a roupa dos clientes, trauteava a sua canção favorita:

Cuidando da minha vida

Fui ao rio para lavar;

Mas logo um mouro encantado

Apareceu a meu lado

Para comigo casar.

Mas porque é mouro encantado

Rapariga Cristã não pode levar!...

Foi então que viu na agua límpida da ribeira, o reflexo de um jovem bem vestido. Levantou-se de imediato e o homem que estava em pé ao seu lado disse-lhe:

- Bom dia Joana. Posso conversar contigo?

Ela, admirada respondeu:

-Falar comigo? Você não é daqui, pois não?

-Claro que sou. E já muitas vezes te ouvi cantar.

Joana respondeu:

- Desculpe mas agora não posso conversar, tenho roupa para lavar.

- Não te preocupes - disse o homem. Se quiseres não precisarás mais de lavar roupa.

- Mas eu sou pobre, senhor, este é o meu ganha pão.

- Não importa, tu és muito bonita Joana, basta que cases comigo.

A rapariga surpreendida, respondeu:

- Peço desculpa senhor, mas preciso terminar de lavar a roupa, pois a minha mãe está à minha espera.

- Está certo Joana, mas promete que regressas amanhã para conversarmos sobre o casamento e não fales deste assunto com ninguém.   

A rapariga prometeu que regressaria no dia seguinte e, um pouco assustada, partiu imediatamente para casa.

Ao longo do dia a mãe de Joana sentiu que a filha andava um pouco agitada e perguntou-lhe o que se passara. A rapariga acabou por ceder à pressão da mãe e, apesar de ter jurado segredo, contou-lhe sobre o encontro que tivera no rio seco com um senhor que lhe pedira em casamento. Foi então que uma ideia lhe ocorreu:

- É isso! Ele diz que me ouviu cantar...então deve ter sido a canção do rio que chamou por ele.

A mãe, apreensiva, lembrou-se que este talvez fosse um dos mouros encantados que, se segundo os mais velhos contavam, viviam por debaixo do rio. Ordenou então à filha:

- Amanhã vais ao rio sozinha, mas levas esta cruz. Quando o senhor te pedir para casares com ele, obriga-o a jurar sobre a cruz. Se jurar, é cristão, senão... é um mouro encantado!

Joana concordou que era uma boa ideia e na manhã seguinte assim fez, colocou um crucifixo ao pescoço e partiu para o Rio Seco.  Após lavar a roupa, a rapariga sentou-se numa rocha e esperou pelo distinto cavalheiro que lhe havia aparecido no dia anterior. Quando este chegou, montando um belo cavalo, cumprimentou a jovem com um grande sorriso e perguntou-lhe:

- Já pensaste na minha proposta de casamento?

 Joana respondeu:

- Decidi aceitar a sua generosa proposta mas, como sou uma rapariga de famílias pobres preciso ter certeza que tem as melhores intenções.

- Claro que sim Joana. Gosto muito de ti rapariga.

-Então jure por esta cruz que vai mesmo casar comigo.

O cavalheiro jurou, mas nesse mesmo instante um relâmpago rasgou o céu, assustando o cavalo, e logo desapareceu entre a rama das árvores sem deixar rasto.

Desde então nunca mais foi visto, mas conta o povo que todos os anos, nesse mesmo dia,   à mesma hora, quem passar pelo Rio Seco ainda pode escutar o som do cavalo assustado.

Quando a rapariga chegou a casa e contou à mãe a história, esta imediatamente compreendeu o que havia sucedido. O homem era afinal um mouro encantado que, para quebrar o seu feitiço, precisava conquistar o amor de uma jovem cristã. Contudo, ao jurar pela cruz, traiu a sua religião e foi castigado por Alá!

A lenda dos figos da lavadeira

Numa bonita manhã de primavera, uma jovem lavadeira passava pela zona de Santo António do Alto quando viu duas esteiras de belos figos a secar ao sol. A rapariga ficou surpreendida, pois não  ainda não estava na época do ano em que os algarvios secavam os figos. No entanto, estes eram de tal modo apetitosos que não resistiu e tirou uma mão cheia deles da esteira, guardando-os no bolso do vestido. Quando acabou de lavar a roupa, a jovem lavadeira regressou a casa e esqueceu-se completamente dos figos durante o resto do dia. Contudo, à noite, lembrou-se dos figos e tirou-os do bolso mas, em vez dos deliciosos figos, encontrou moedas em ouro. Surpreendida e maravilhada, a rapariga ficou toda a noite  sem dormir, e lembrou-se então que tal milagre só podia dever-se a uma moura encantada que, contavam os mais velhos, era costume  aparecer naquela zona. Assim, logo que amanheceu, a lavadeira saltou da cama e resolveu ir ao lugar onde havia encontrado as esteiras com os figos. No entanto, quando lá chegou, já não os viu. Conta o povo que, durante anos, a rapariga voltou ao mesmo sitio muitas vezes, sempre na esperança de encontrar os misteriosos figos que se transformavam em moedas de ouro...mas nunca mais teve tal sorte.


 

A lenda da imagem de São Tomás de Aquino

No início do século XIX, o Algarve foi atingido por um dos muitos surtos de peste que ciclicamente fustigavam a Europa. Numa dessas ocasiões, a população farense, aterrorizada, pediu a São Tomás de Aquino (um dos santos padroeiros da cidade),  que protegesse a capital algarvia da doença. Rezaram-se missas e fizeram-se preces ao santo, que parece ter escutado a população devota, pois a peste não entrou em Faro.

Em retribuição pelo milagre, o bispo do Algarve, Dom Francisco Gomes do Avelar encomendou uma imagem de mármore branco, vinda diretamente de Itália, para ser colocada no nicho do Arco da Vila. Quando chegou o momento de colocar a imagem no respetivo nicho, os operários depararam-se com um problema. A estátua do santo era muito pesada, ou talvez a técnica utilizada para a içar  não fosse a mais adequada, o certo é que após seis tentativas, os homens decidiram chamar o Bispo.  Conta a lenda, que Dom Francisco Gomes terá então segredado umas palavras ao ouvido da imagem de São Tomás de Aquino, ordenando em seguida que esta fosse içada de novo para o nicho, o que, para grande espanto de todos, já não levantou qualquer dificuldade. Desde então, ficou na memória do povo, não só o milagre de São Tomás de Aquino, mas também a lenda do milagre do bispo Dom Francisco Gomes de Avelar.

A lenda dos Aloendros

Curiosamente, existe uma outra lenda relacionada com a tomada da cidade de Faro que oferece uma imagem um pouco diferente dos acontecimentos. Conta-se que na campanha militar que resultou na conquista definitiva do Algarve em 1249, o Rei Afonso III foi acompanhado pelo seu amigo D. João Peres de Aboim, um brioso cavaleiro de bom coração. Ora um certa noite, quando as tropas cristãs  montavam cerco à cidade de Faro (então chamada Harume), estava D. João de vigília, quando escutou um barulho suspeito num arbustos próximos do acampamento. Logo foi apurar o que se passava e, com surpresa, encontrou escondida uma jovem moura, vestida como se fosse um rapaz.

- Quem és tu? O que fazes aqui? Perguntou o cavaleiro português.

- Vim para falar com o Rei Afonso, queria pedir-lhe misericórdia para o meu povo.

- Como te chamas? Perguntou D. João Peres de Aboim.

- Alandra! Respondeu a jovem moura.

O cavaleiro cristão imediatamente reconheceu o seu nome. Era a filha do príncipe de Harume, governador da cidade. Conduziu-a então até ao acampamento e, quando entraram na sua tenda, a princesa diz-lhe:

- Por favor D. João, ajudai-me a salvar as mulheres e as crianças da cidade. Desde a tomada de Xelbe (Silves) que vivemos aterrorizados com o que possa suceder.

- Não te preocupes, eu vou ajudar-te. Nada de mal vos acontecerá.

Encantado com a beleza e a força de caráter da jovem princesa moura, o nobre cavaleiro português pediu ao Rei de Dom Afonso III que reunisse o conselho para expor a situação. Alambra  deu garantias de que a cidade não resistiria, caso os portugueses respeitassem mulheres e crianças e evitassem derramamento de sangue, disponibilizando-se para arranjar uma reunião entre seu pai, governador da cidade, e o monarca português. Assim aconteceu, o príncipe de Harume entregou as chaves da cidade a Dom Afonso III e abandonou a cidade com o seu séquito.

Já com a cidade sob o total controlo das tropas cristãs, D. João Peres de Aboim foi à procura da princesa moura por quem se havia apaixonado, mas esta havia entretanto partido com o seu povo. Como agradecimento, Alandra deixara-lhe um ramo de flores vermelhas, as quais o cavaleiro português tomou como uma lembrança de amor, decidindo por isso chamar aloendros a estas bonitas flores, cujo nome evoca ainda hoje memórias de um passado distante.


 

A lenda do mourinho encantado no arco do repouso

Ninguém sabe ao certo, mas é possível que a misteriosa criança a que se refere esta lenda seja o irmão da princesa moura encantada nas muralhas de Faro.

Conta o povo, que uma criança de aspeto mourisco aparecia por vezes na cidade velha e convidava os transeuntes a entrar no seu palácio, que ficava por debaixo da Ermida de Nossa Senhora do Repouso. Algumas pessoas aproximavam-se, mas logo que as portas se abriam perdiam a coragem e desistiam, outros, mais atrevidos, acompanham o mourinho e entravam pela porta, seguindo depois por um corredor subterrâneo até chegarem finalmente a um palácio encantado, revestido de ouro e preciosidades. O rapaz convidava-os então a levar o que quisessem. Alguns contentavam-se apenas com uma mão cheia de moedas de ouro, mas outros traziam jóias e até barras do metal precioso. No entanto, quem ali entrava, já não voltava a ser convidado outra vez.

A lenda da moura encantada nas muralhas de Faro

Em 1249, após um longo cerco à cidade, o Rei Dom Afonso III conquistou finalmente Faro aos Mouros. Conta a lenda que entre as tropas cristãs se encontrava um jovem cavaleiro que, um belo dia, viu a passear pelo caminho de ronda do castelo uma bela princesa moura, por quem logo se apaixonou. Começou então fazer a corte à linda moura, que era filha do governador, e esta retribuiu-lhe o seu afeto.

Um dia, por intermédio de um escravo que falava ambas as línguas, o casal de namorados combinou um encontro. Nessa noite, o escravo abriria a porta onde hoje se encontra a ermida da Senhora do Repouso, para que o cavaleiro pudesse visitar a sua amada. Contudo, antes de partir, este pediu aos seus companheiros que, caso fosse feito prisioneiro pelos mouros, no dia em que as tropas cristãs tomassem finalmente a cidade, ninguém deveria fazer mal à sua amada. E foi assim que os dois apaixonados conseguiram finalmente encontrar-se, jurando entre si amor eterno. Acontece que, à despedida, abriram a porta do castelo e de imediato as tropas cristãs, que esperavam pela oportunidade, forçaram a entrada na cidade. Imediatamente os mouros fizeram soar o alarme e tomaram posição defensiva. Alarmado, o cavaleiro pegou na princesa e no pequeno irmão que a acompanhava, e tentou sair do castelo para colocá-los a salvo. Nesse preciso momento, o rei Mouro viu que a filha abandonava a cidade nos braços de um cristão.  Pensando que esta havia traído o seu povo e a sua religião, amaldiçoou-a, lançando-lhe um encantamento tão poderoso que, quando o jovem cavaleiro transpôs a porta da Senhora do Repouso, a moura e o seu irmão desapareceram, ficando apenas as suas roupas. Reza a lenda que, tantos séculos depois, a infeliz princesa ainda continua ali encantada, vagueando pelas muralhas do castelo, à espera de um milagre que quebre finalmente o encanto.

Segundo uma outra tradição oral, a tomada da cidade só foi possível porque uma princesa moura  confidenciou ao cavaleiro português, por quem se havia apaixonado, o segredo para entrar no castelo. De acordo com esta lenda, após a conquista da cidade ao mouros, a princesa ter-se-á suicidado numa nora situada na antiga horta do Ferragial.

sábado, 16 de dezembro de 2023

Silves - Jazz nas Adegas

O Município de Silves prossegue com a rúbrica “Jazz nas Adegas” nos dias 12 e 13 de janeiro, com o grupo FEEL GOOD BAND no Real Picadeiro em Pêra, com os vinhos Quinta da Malaca, pelas 21h00 e 17h00 respetivamente.

A Feel Good Band tem origem na escola de música da Associação Filarmónica de Faro. O repertório tocado pela banda, transporta o jazz através de ritmos africanos, latinos, funk e do jazz clássico. As atuações proporcionam momentos de alegria e descontração, com o objetivo de fazer o público Feel Good!

Desfrute de um concerto com Rui Siva (Saxofone alto); Paulo Raminhos (Saxofone alto); Pedro Sousa (Saxofone tenor); João Salero (Saxofone Tenor); Nuno Afonso (Baixo); Paulo “Gafits” Franco (Bateria) e Carlos “Shaka” Santos (Guitarra elétrica).

Conheça a calendarização da 7ª edição do Jazz nas Adegas:

26.jan.24 21h00 | 27.jan.24 17h00

Anfitrião: Quinta do Barradas

Formação Artística: Low Tech Groove


23.fev.24 21h00 | 24.fev.24 17h00

Anfitrião: Cabrita Wines

Formação Artística: Silves Filarmónica Combo


08.mar.24 21h00 | 09.mar.24 17h00

Anfitrião: Herdade Barranco do Vale

Formação Artística: The Pocket Band


22.mar.24 21h00 | 23.mar.24 17h00

Anfitrião: Quinta do Rogel

Formação Orquestra de Jazz do Algarve


05.abril.24 21h00 | 06.abr.24 17h00

Anfitrião: Quinta João Clara

Formação Artística: The New Orleans Jazz Band


19.abr.24 21h00 | 20.abr.24 21h00

Anfitrião: Barranco Longo

Formação Artística: Comfort Trio


10.mai.24 21h00 | 11.mai.24 17h00

Anfitrião: Paxá Wines

Formação Artística: Lu – Fuki Trio


24.mai.24 21h00 | 25.mai.24 17h00

Anfitrião: Convento do Paraíso

Formação Artística: The Invisible Tuba

Os ingressos têm um custo associado de 20 euros (inclui, para além do concerto, prova de 3 vinhos do produtor, degustação de 3 tapas de produtos locais, voucher de visita ao Castelo e Museu Municipal de Arqueologia e a oferta de uma garrafa de vinho), os bilhetes encontram-se à venda na plataforma BOL e nos seguintes locais: FNAC, Worten, El Corte Inglés, CTT Correios, Pousadas da Juventude, Quiosques Serveasy.

O evento destina-se a maiores de 18 anos e conta com a parceria do Agrupamento de Escolas Silves Sul e da Associação Barmen Algarve.

O telefone 282 440 800 (ext. 2743) e o endereço de correio eletrónico turismo@cm-silves.pt são os contactos do sector de Turismo do Município de Silves para o fornecimento de informações adicionais sobre o evento.

Esperamos por si!

Silves - Primeira travessia aérea do Atlântico Sul


 

Silves - Ateliês de Natal

A época natalícia traz de volta à Biblioteca Municipal de Silves os Ateliês de Natal. A iniciativa, dirigida a crianças entre os 5 e os 10 anos, decorre nos dias 19 e 21 de dezembro, entre as 10h30 e as 11h30, integrando atividades de expressão plástica e Hora do Conto.

Os Ateliês de Natal têm entrada livre, requerendo, no entanto, inscrição prévia, até dia 18 de dezembro, através do telefone 282 440 899 ou do endereço de correio eletrónico biblioteca@cm-silves.pt 

Portimão - História

A presença humana no concelho de Portimão tem origem na Pré-história, como o comprova a importante necrópole de Alcalar ou a descoberta recente de uma gruta com vestígios do Homem de Neandertal perto da Companheira. Sabe-se também da presença fenícia e cartaginesa nesta zona que, como outros locais da costa algarvia, teve um papel importante no intercâmbio comercial e cultural entre o Mediterrâneo, o Atlântico e o Norte de África, algo que as campanhas de arqueologia subaquática realizadas nos últimos anos na foz do rio Arade têm vindo a comprovar. 

No entanto, apesar da forte presença romana (com as marcas territoriais mais marcantes a serem a villa da Abicada ou os tanques de salga descobertos nos trabalhos de reconstrução do edifício dito da “Mabor”, localizado perto da zona ribeirinha) e árabe (de menor monta, sendo as principais referências a Alcaria de Arge e o Castelo Belinho), é só no século XV que Portimão se afirma definitivamente como núcleo urbano, sobretudo através do reconhecimento pelo reino da sua crescente importância, com a atribuição do foral manuelino em 1504, assinalando um crescimento fulgurante ocorrido na segunda metade do século XV, cuja construção da Igreja Matriz pelo donatário Gonçalo Vaz Castelo Branco e das Muralhas a ser o maior símbolo desse período.

A partir da segunda metade do período dos Descobrimentos, a então Vila Nova de Portimão desenvolve-se como um dos pólos da expansão comercial portuguesa, florescendo para lá do limite do perímetro muralhado pouco tempo depois da construção deste, com o melhor exemplo deste rápido crescimento a ser a construção do Colégio dos Jesuítas (a conhecida “Igreja do Colégio”) em 1707. Contudo os elevados estragos provocados pelo terramoto de 1755 causaram uma estagnação que só seria completamente ultrapassada na segunda metade do século XIX.

Será então que a vila, brevemente cidade e sede de bispado nos anos finais do governo do marquês de Pombal, conhecerá então um acelerado desenvolvimento, por força do desenvolvimento das indústrias dos frutos secos e das conservas de peixe, tornando-se um pólo de atracção para as populações vizinhas que tinham a agricultura como meio de subsistência, crescendo para poder acolher essas mesmas pessoas, tendo também de se construir toda uma série de edifícios e infra-estruturas para poder acolher este “take-off” industrial. Uma das grandes obras públicas no final do século XIX será a criação da actual zona ribeirinha de Portimão, com o primeiro aterro a ser criado para servir de base à nova ponte rodoviária, velha aspiração da localidade, conseguida graças aos bons serviços do portimonense Visconde de Bivar, Par do Reino que conseguiu que a construção deste equipamento rodoviário fosse feita cá e não em Silves. Juntamente com a zona ribeirinha é também construído o cais, grande ponto de apoio para a intensa actividade piscatória e para o escoamento da cada vez maior produção industrial. Todo este crescimento levará a que a vila seja elevada a cidade em 1924, sendo então Presidente da República Manuel Teixeira-Gomes, ilustre negociante e escritor natural de Portimão, que tinha sido o primeiro representante da República no Reino Unido de onde saiu para ocupar o mais alto cargo da nação.

Já cidade, Portimão vê a indústria de conservas de peixe atingir o seu zénite, sendo exportadas para todo o mundo e ainda com um pequeno empurrão causado pela II Grande Guerra. Todo este crescimento reflectiu-se na malha urbana com a criação de uma zona industrial adjacente à zona ribeirinha e ainda com a construção de bairros sociais para mitigar a falta de habitação condigna para a força laboral que sustentava o esforço industrial e piscatório. O final da Guerra, juntamente com uma quebra nas pescarias, o envelhecimento da maquinaria e o crescimento da concorrência estrangeira, nomeadamente das fábricas marroquinas levaram a que as conservas de peixe entrassem em declínio, felizmente vindo a ser substituídas pelo turismo como motor económico do município, com a hotelaria e restauração a conseguir absorver muitos dos antigos operários, numa operação que começa nos anos 60, com a marcante construção dos hotéis Algarve e Penina e do complexo da Torralta.

Animação marca Natal e Passagem de Ano

As festividades de Natal e passagem de ano estão à porta. Para assinalar esta quadra, a autarquia, em colaboração com diversas entidades, preparou um programa destinado a todos os públicos.

Os festejos natalícios incluem inúmeras ofertas: iluminação, música, circo, animação de rua, mostras de artesanato, demonstrações culinárias, fogo-de-artifício, presépio e charolas.

As celebrações iniciam-se, no Mercado da Ribeira, com espetáculos de música e circo.

Dia 01 | 16h00: Grupo de Cantares Lado a Lado

Dia 02 | 16h00: Pérolas do Gilão da Sociedade Orfeónica

Dia 03| 16h00: Grupo de Cantares de Cachopo Searas de Outono

Dia 08 | 16h00: Animação com acordeonistas

Dia 09 | 16h00: Melliflows

Dia 10 | 16h00: Tuna da Academia Sénior

Dia 16 | 16h00: Grupo Coral Tavira e Grupo Coral Unitum Voces

Dia 17 | 15h00: St. Domimic’s Gospel Choir

Dia 18 | 15h00: Adiafa no Natal dos Reis

Dia 19 | 15h00: Christmas on Broadway

Dia 20 | 15h00: “Cantos do Natal” – músicas tradicionais portuguesas: César Prata (voz, guitarra), Sara Vidal (voz, harpa celta, adufe) e Quiné Teles (percussão, voz)

Dia 21 | 15h00: Quarteto da Orquestra de Jazz do Algarve convida Sara Badalo

Dia 22 | 15h00: Espetáculo de Natal pelo Circo Dallas

Dia 23 | 16h00: Coro Jubilate Deo

No âmbito das comemorações do 10º aniversário da Dieta Mediterrânica realiza-se, no dia 02, pelas 10h30, no Mercado Municipal, a demonstração culinária “A Dieta Mediterrânica à Mesa” com o Chef Arnaldo Correia, a Chef de Pastelaria Teresa Chagas e o Escanção João Arcanjo. Segue-se, pelas 12h00, a atuação do Rancho Folclórico de Santo Estêvão. Também, no dia 16, pelas 10h30, decorre, no Mercado Municipal, uma demonstração culinária de Natal.

O espaço da antiga lota, numa organização das associações ASTA, Almadrava e Albacora com o apoio do Município, acolhe, de 01 a 03, de 08 a 10, de 16 a 23 e nos dias 30 de dezembro, 06 e 07 de janeiro, entre as 10h00 e as 18h00, e, no dia 24 de dezembro, entre as 10h00 e as 13h00, as mostras de artesanato de Natal e Ano Novo.

Ainda, neste local, realiza-se, no dia 16, pelas 11h00, o Natal na rua pelo Coro Jubilate Deo.

Também a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Baixa da Cidade (UAC) promove diferentes iniciativas alusivas à época. No dia 08, pelas 11h00, a baixa da cidade recebe o Pai Natal que traz consigo companhia e muita alegria. Os mais pequenos terão a oportunidade de visitar, entre 08 e 25, na Praça da República, a Casinha do Pai Natal e divertir-se no comboio natalício. Os festejos prosseguem com a animação de rua, nos dias 09, 16, 23 e 24, entre as 10h00 e as 13h00.

Com o objetivo de incentivar o consumo no comércio local, a Associação Baixa de Tavira realiza o habitual Passatempo de Natal, entre 01 de dezembro e 05 de janeiro. Este inclui sorteios semanais e um prémio final, no dia 05 de janeiro.

De 02 a 30, a Biblioteca Municipal Álvaro de Campos promove a iniciativa “Não há Natal sem Livros”, a qual consiste na sugestão de leitura para que não faltem livros nesta quadra. Entre os dias 19 e 21, a Biblioteca dinamiza, igualmente, o projeto “Leituras de Natal”. Destinado a crianças entre os 05 e os 12 anos, este passa pela dinamização de sessões que fomentem a reflexão em torno dos valores humanos, ético-ambientais, assim como da importância do convívio fraterno.

No dia 22, pelas 21h30, terá lugar, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, a atuação da Banda Musical de Tavira, sendo que, no dia seguinte, no mesmo local e horário, realiza-se o Concerto de Natal pela Orquestra do Algarve e coro.

No dia 23, pelas 10h00, a baixa da cidade é presenteada com uma arruada pela Al Fanfarre.

Na noite de 31 de dezembro para 01 de janeiro, a festa decorre, a partir das 22h30, na Praça da República, com o grupo Função Publika. Nas doze badaladas, na Ponte dos Descobrimentos, o espetáculo piromusical dá as boas vindas ao novo ano. A animação continua, na Praça da República. A encerrar a celebração desta noite de diversão, está a música e a animação do DJ Jinga.

O concerto de Reis terá lugar, no dia 06 de janeiro, pelas 21h30, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, com as Damas de São Carlos (quinteto – orquestra de cordas camerísticas).

No dia 07, pelas 15h00, o Mercado da Ribeira é palco do XXXVII Festival de Charolas, o qual conta com a participação de grupos de todo o concelho.

Os Bombeiros Municipais de Tavira voltam a cumprir a tradição com a criação de mais um Presépio de Natal com centenas de figuras, o qual poderá ser visitado, diariamente, até dia 07 de janeiro.

Neste Natal, Tavira espera por si!

Quarteira - Praça de Natal


 

Faro - Concerto de Natal


 

Pedro Mafama e festa "Revenge of the 2000's vão animar passagem de ano em Faro

 


Faro volta a ser reconhecido como autarquia familiarmente responsável

O Município de Faro foi reconhecido pelo quinto ano consecutivo com a bandeira verde de Autarquia Familiarmente Responsável15 de dezembro 2023

Numa cerimónia que teve lugar no passado dia 6, em Coimbra, o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis distinguiu 108 municípios portugueses com este galardão, reconhecendo boas práticas no âmbito das políticas familiares e a prossecução de uma política integrada de apoio à família.

Este reconhecimento é fruto de um trabalho articulado entre os serviços e empresas municipais, com o inestimável apoio da rede social concelhia e das instituições que a compõem, com o objetivo de servir os farenses e as suas famílias.

Neste contexto, o Município tem vindo a implementar uma política social familiarmente responsável em que avultam, entre outras, medidas como a redução do IMI para as famílias numerosas; a aplicação, por parte da Fagar E. M., de uma tarifa familiar para os agregados mais numerosos; a implementação do Cartão ABEM, um programa de acesso gratuito a medicamentos que já chegou a quase 600 munícipes; o sistema municipal de teleassistência que confere mais segurança e conforto às populações mais idosas e geograficamente isoladas; o apoio ao arrendamento ou, ainda, as estruturas criadas para apoiar o envelhecimento ativo da população como a Comissão Municipal de Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa de Faro.

Faro - Postal Antigo


 

Armação de Pera - Penedo de Salomão


 

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Armação de Pêra - Penedo de Salomão


 

Algarve - Postal Antigo


 

Albufeira - Postal Antigo


 

Alvor - Torralta


 

Faro - Farol do Cabo de Santa Maria


 

Portimão - Vista Parcial


 

Algarve - Postal Antigo


 

Sagres - Cabo de S.Vicente


Monte Gordo - Vista Parcial


 

Lagos - Postal Antigo


 

Albufeira - "Praia de Banhos"


 

Algarve - Postal Antigo


 

Lagos - Pormenores


 

Algarve - Postal Antigo


 

Sagres - Fortaleza


 

sábado, 7 de outubro de 2023

Portimão - Fortaleza de Santa Catarina


 

Cabo de São Vicente - Postal Antigo


 

Ilha do Farol - Postal Antigo


 

Monchique - Praça 5 de outubro


 

Lagos - Praia do Pinheiro


 

Monte Gordo - Parque de Campismo


 

Silves - Postal Antigo


 

Algarve - Postal Antigo


 

Faro - Ria e Panorama da Cidade


 

Portimão - Praia da Rocha


 

Loulé - Vista Parcial


 

Faro - Arco da Vila e Governo Civíl


 

Sagres - Postal Antigo


 

Faro - Postal Antigo


 

Algarve - Trajes Típicos


 

Monte Gordo - Postal Antigo


 

Algarve - Trajes Típicos


 

Algarve - Postal Antigo


 

Armação de Pera - Arco dos Amores


 

Algarve - Chaminé e Traje Típico